04/11/2023

Sou a constante variante de um ser só complicado

Eu sou eu, porque talvez eu não seja seu eu,
Mas eu sou eu, embora o eu que conheça não seja eu!

Não sei quem sou
Talvez inúmeras crises de constantes variantes,
Um ser repugnante
Que o mundo abandonou

Eu sou eu, embora talvez eu seja infinitos de infinitos, eus
Quem sou eu?

Eu sou um talvez sem ter tido sua vez
Ou o depois parado no através
Talvez seja a constante de milhões de variantes
Que não é importante

Sou um quase
Dentre as fases
A pior face
Mesmo que cace

Talvez seja, o impossível além do traço
O incontrolável campeão que perdeu em todas as batalhas travadas,
Um incansável contador e seu compasso,
Ou talvez alguém que só deseja reaver sua amada!

Posso ser o infinito
Porém o infinito mais finito
Ou talvez o perito não perito
Até mesmo a lápide de um morto

Eu sou uma tinta preta no papel
Ou alguém julgado feito réu
Talvez até um anjo que caiu do céu
Ou um cavalheiro que nunca as damas tira seu chapéu

Posso ser o tudo
Que se esvai no nada
Ou o nada
Que se quebra ao todo

Posso ser o lodo de uma pia mal limpada
Ou uma lâmpada queimada
Posso ser o controle sem seu carrinho remoto
Até mesmo o pior dentre os terremotos

O que sou?
Um humano, a única alternativa que restou!
Mas talvez seja um extraterrestre no corpo errado
Procurando seu óvni para fugir desse tumulto criado!

...

Aprendi que posso ser a constante mais improvável
A variante mais complicada
O personagem que foi mais difícil de ser elaborado
Mas sou o personagem mais inevitável!

Sou o que sou,
Embora muitas pessoas, já me odiou
Outras, sei lá como me amou
Algumas até, por mim, se machucou

Sou a pior variante dentre tantos mundos existentes
E terminarei essa poesia com muita sonolência
Boa noite vossa excelência
E a todos correspondentes!

Para a minha Afrodite

Para a minha Afrodite
Embora não vou lhe enviar
 
Minha amada Afrodite
Que ascende a escuridão da noite
Na memória insiste...
 
...em me fazer lembrar
Éramos crianças a bailar
Com a vida a rodear
 
Sóbrio agora, estou a pensar
Com músicas altas no fone tocar
Para não prestar atenção nesta imensidão de amar
 
Sou o culpado por me afastar
Mas estou cá, entocado no quarto a sangrar
Com as músicas cantar
 
Não preciso prestar atenção
Não preciso de mais decepção
Não preciso mais da sua atenção
 
Minha amada Afrodite
Embora não acredite
Meu coração ainda persiste
 
Conversei com a lua noite passada
Vi sua foto de perfil, uma obra prima bem elaborada
Que por mim, é tão admirada
 
Embora diga adeus, minha mente pensa contrário
Sempre cito você no meu diário
É que passa no lado imaginário
 
Fico pensando, se nunca tivesse a pandemia
Seria mais alegria
Não teria me afastado da noite pro dia
 
Quanta ousadia
Coloco o que penso em poesia
Mesmo sendo tanta melancolia
 
Mesmo algumas poesias bonitinhas
Só estão nas entrelinhas
Em borboletinhas
 
Minha amada Afrodite que quer ser POLICIAL
Sua beleza é surreal
Aceita de volta esse pobre mortal!

Um cavalheiro sem sua dama

Um herói sem sua espada
Um cavalheiro sem sua dama
Uma lenda sem ser contada
E você dormindo em sua cama!
 
Uma história bem escrita
Uma bela donzela perdida
Um garoto com medo de garota
E você sem ser compreendida!
 
Esse belo ser celeste
Embora muito radiante
E aquele país ao leste
Que se torna entediante! 

Uma arma não sacada
Uma morte indesejada
Minha mente perturbada
Que te vejo a mim abraçada! 

Coração desesperado
Cérebro quebrado
E você com essa adaga
Se passando por amiga!
 
Me imponho ao ser divino
Pois já sem esperança ser humano
Me encontro questionando
A maldade julgando!
 
Poesia aleatória
Embora passe por muita história
Em meio a tanta amizade ilusória
Sou eu, um cavalheiro sem sua dama!

 

Deslize

Não me compreendo
Sempre que estou normal, me surpreendo
E tudo acaba a fugir do meu controle
Quando eu vejo já não sou mais tão ingênuo quanto ele
 
As pessoas falam coisas que machucam
Que me deixa marcado e nunca se apagaram
Eu não aguento mais querer sumir
Tudo parece tão complicado, e é mais fácil só desistir
 
Por isso quero sumir, mas mesmo assim, não quero morrer
Quero me encontrar
Em algum lugar
Mesmo que para isso precise viver
 
Qual é, falam coisas que destrói um jovem coração
Parece que não ligam para alheia destruição
Mas mesmo assim, o que eu tenho mais medo
É acabar destruindo o que amo com meu passado
  
E se algum dia eu explodir
Esse dia vou querer sumir
Simplesmente vou só me matar
E as estrelas vou igualar
Mas o que eu sou?
 
Mesmo eu tentando, e tentando
Ser bom, forte, porque sou fraco
Parece que estou só suportando
Suportando está vida cheio de caco
 
Estou quebrado
Mesmo se eu tentasse desabafar
Eu quero poder me amar
Mas estou quebrado
 
Numa sociedade, sem nexo
Mas mesmo assim nesta vida me anexo
Enfrentando o mal
Por tal motivo, não terei um ponto final!